Ex-integrantes do MST são ouvidos em audiência pública da CPI 

Governador de Goiás, Ronaldo Caiado, será um dos próximos convidados da Comissão

30/05/2023 às 18:45 atualizado por Thiago Gonçalves - SBA | Siga-nos no Google News
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A CPI do MST ouviu em audiência pública realizada nesta terça-feira (3), os ex-integrantes do MST, Nelcilene Reis e Ivan Xavier, chamados na condição de convidados, para esclarecerem informações sobre as operações de invasões de terra e quais as motivações das manifestações. Na ocasião, foram aprovados outros seis requerimentos, entre eles o convite ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e ao presidente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Geraldo Melo Filho, para prestarem informações ao colegiado. 

A sessão iniciou com o depoimento de Nelcilene afirmando que trabalhou no financeiro do movimento, com a venda de mercadorias em mercearia de um acampamento no Distrito Federal.

O valor arrecadado com a venda dos produtos, segundo a ex-integrante do MST, era repassado para dirigentes do movimento. “Nós não aceitávamos a maneira, não só eu como os outros acampados, de como éramos tratados. Saímos porque éramos massa de manobra do MST”, afirma.

A solicitação do requerimento para a presença dos ex-integrantes do movimento na audiência da CPI foi apresentada pelo deputado e membro da FPA (Frente Parlamentar Agropecuária), Rodolfo Nogueira (PL-MS). 

Segundo o parlamentar, o motivo do convite foi para entender os fatos relacionados às ações do MST, como invasão de propriedades de terras privadas e produtivas, conflitos agrários e ações coletivas organizadas pelo movimento. “São poucos os que têm a coragem de falar contra uma organização criminosa que impera pelo Brasil inteiro, como é o MST”, disse Nogueira. 

Já o deputado federal, General Girão (PL-RN), ponderou sobre a importância de uma reforma agrária justa e real. “No MST tem sim gente que faz jus à terra, gente com interesse em produzir, gente de bem e famílias honestas e sérias. Mas também, tem gente que gosta de manipular os outros, gente que se aproveita e profissionais da invasão, e isso é uma coisa que a esquerda não enxerga”. 

O prazo de atividades da CPI é de 120 dias, prorrogável por mais 120, e tem como finalidade, também, investigar a depredação de patrimônio público e privado, identificar autoridades que estejam se omitindo diante de suas obrigações legais e apurar atos que possam ser classificados como crimes.

Com informações e foto da FPA
 


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